quinta-feira, 17 de abril de 2014

Descoberto planeta semelhante a Terra

E nesta quinta-feira tivemos o importante anuncio realizado pela NASA de que foi descoberto um exoplaneta (planeta que se encontra em outro sistema planetário que não seja o Sistema Solar) com características muito semelhantes a da Terra. 
O planeta Kepler-186f, encontra-se na órbita da estrela anã Kepler-186 (menor e mais fria que o nosso Sol) da constelação de Cisne, a cerca de 500 anos-luz de distância da Terra e é o 5º (e aparentemente ultimo) planeta deste sistema planetário. Aparenta ser levemente maior que a Terra, possuindo 1,1 vez o tamanho de nosso planeta. O planeta descoberto leva 130 dias para dar uma volta ao redor de sua estrela. Este não é o primeiro planeta descoberto a possuir características semelhantes a da Terra, mas é o que mais se aproxima.

Diagrama comparando a zona habitável dos dois sistemas planetários. Imagem: NASA Ames/SETI Institute/JPL-Caltech
A importância da descoberta se deve principalmente ao fato de que as características encontradas no planeta o tornam propicio para a existência de vida, já que o planeta se encontra numa região conhecida como “zona habitável”, que não está nem tão perto e nem tão longe de sua estrela, assim como a Terra, permitindo que o planeta mantenha uma temperatura adequada, permitindo a existência de água liquida em sua superfície. 
Mas os cientistas lembram que o fato do planeta estar em uma “zona habitável” não o torna propriamente um local com vida, mas que a busca por vida fora do planeta deve começar justamente nestes locais mais propícios.

Para saber mais: NASA, O Globo, Superinteressante

sexta-feira, 14 de março de 2014

Dica: Cosmos - A Spacetime Odyssey

Em 1980 o astrônomo Carl Sagan (1934-1996) - um dos maiores divulgadores de ciência que tivemos - nos presenteou com Cosmos, fantástica série em 13 episódios dedicados a divulgar a beleza do Universo, da sua criação, passando pela origem da vida, nascimento da humanidade e mostrando uma perspectiva de onde podemos chegar.
A série original foi criada e escrita por Sagan, com ajuda de sua futura mulher Ann Druyan (com quem se casou em 1981) e do astrofísico Steven Soter. A série foi um sucesso, ganhou diversos prêmios e foi exibida em diversos países, inclusive no Brasil, pela Rede Globo. A série original pode ser encontrada facilmente no youtube.
Agora, 34 anos depois, Ann Druyan e Seth MacFarlane (criador de Family Guy) apresentam uma nova versão da série. Apresentada por Neil deGrasse Tyson, do qual já falamos aqui, Cosmos: A Spacetime Odyssey conta com novas historias e pretende atualizar a versão original com as mudanças e descobertas ocorridas nos diversos campos científicos nos últimos 34 anos, além de apresentar o Universo para toda uma nova geração, que segundo os autores, está cada vez mais ignorante em relação a ciência.
A nova série conta novamente com 13 episódios e mostrará deGrasse viajando através do tempo e espaço para nos contar os principais detalhes de toda a historia do Universo, assim como a de diversos outros cientistas que surgiram ao longo da historia.
O primeiro episódio, “De pé na via láctea”, foi o suficiente para me deixar com os olhos marejados, especialmente porque sempre tive fascínio pela ciência, pelo espaço, e por diversos temas abordados durante o programa.
Cosmos teve estreia mundial no dia 09 de março nos Estados Unidos e Canadá, com estreia nos dias seguintes em outros países. No Brasil, a estreia aconteceu ontem, dia 13, com exibição nos canais de TV a cabo, Nat Geo, Nat Geo Wild, Fox, FX, Fox Life, Bem Simples, Fox Sports, Fox Sports 2 e Fox & Nat Geo HD, mas a partir da próxima quinta, dia 20, os episódios serão exibidos no mesmo horário somente no NatGeo.
Segue um trailer do programa:




sábado, 23 de novembro de 2013

A filogenia de Pokémon

Árvore filogenética
Filogenia é o estudo da relação evolutiva entre os seres vivos com base em análises de dados moleculares e morfológicos, buscando evidenciar as relações de ancestralidade e descendência entre estes seres.
É comum que quando encontramos sobre o assunto por ai, nos deparamos com o que chamamos de árvore filogenética, que busca representar essas relações através de linhas que se bifurcam, representando possíveis ancestrais comuns, como na figura ao lado, onde os pontos vermelhos representam um ancestral comum que deve ter dado origem a dois novos grupos de seres vivos.

Baseado nisto, alguém teve a ideia de construir a árvore filogenética dos Pokémons, começando lá no topo com os seres eucariontes (que possuem células com núcleo envolvido em membrana) mais simples, representado por Solosis, Duosion e Reuniclus, pokémons que lembram células. A partir deles vemos o surgimento de varias ramificações englobando as plantas, fungos, e demais seres vivos, com bastante licença poética para encaixar as criaturas em alguns grupos(clique aqui para ver em tamanho maior) e o autor até criou uma árvore para encaixar os Pokémons baseados em seres mitológicos, que pode ser vista aqui. Vale pela criatividade!





sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Estudo mostra os efeitos do fumo na pele através da aparência de gêmeos idênticos

Uma equipe de médicos americanos, liderada pelo cirurgião plástico Bahman Guyuron, desenvolveu um estudo para avaliar os efeitos do tabagismo na pele das pessoas. Seu trabalho foi publicado na edição de novembro da revista Plastic and Reconstructive Surgery® e mostrou resultados impressionantes sobre o fumo. A publicação trouxe a foto comparativa de 79 gêmeos idênticos com idade média de 48 anos, onde um deles era fumante e o outro não, ou um era fumante a pelo menos 5 anos mais que o outro.
Os resultados podemos ver abaixo em fotos divulgadas pela American Society of Plastic Surgeons e é evidente o envelhecimento precoce daqueles que fumam/fumam há mais tempo(os que estão a direita). A explicação para isto se dá pelo fato de que o fumo diminui o fluxo de oxigênio para a pele, o que também ocasiona na diminuição da circulação sanguínea, fazendo com que a pele envelheça mais rápido.




Para saber mais: Terra, Catraca Livre

sábado, 19 de outubro de 2013

Dica: Gravidade

À 600km cima da Terra
Não há nada que transporte o som
Sem pressão do ar
Sem oxigênio
A vida no espaço é impossível.

Gravidade, filme de Alfonso Cuarón, começa com as frases acima e já da o tom do que vamos encontrar ao longo do filme, que conta a historia de um grupo de astronautas que está trabalhando na implementação de um novo sistema no telescópio Hubble e que passa a sofrer as mais diversas situações no espaço, graças à destruição de um satélite russo que gera uma reação em cadeia de destroços orbitando o planeta Terra.
Além de ser um belíssimo filme, com cenas de tirar o fôlego e te prender na cadeira do cinema do começo ao fim, o filme mostra o espaço de forma bastante cientifica, mostrando o espaço como um ambiente adverso e bastante inóspito para a vida humana.
É interessante notar que tudo no filme acontece graças a Síndrome de Kessler, ideia proposta por Donald J. Kessler , astrofisico da NASA. Apesar do nome, não tem nada a ver com doença, já que a palavra síndrome se refere a um conjunto de sinais que caracterizam determinada condição. Donald J. Kessler propôs que o número de detritos no espaço pode chegar a um número tão grande, que em certo momento será impossível usar o espaço para nossas necessidades. A dificuldade pode ocorrer porque quando estes objetos se chocam (por estarem se movendo pelo espaço), passam a gerar mais destroços e como no espaço não existe meio para oferecer resistência a estes objetos em locomoção, já que estão flutuando em uma região onde não existe pressão do ar, eles viajam indefinidamente em grande velocidade, em uma orbita constante, gerando cada vez mais destroços em uma grande cadeia de eventos. Viram praticamente balas de fuzil viajando pelo espaço.
Hoje, a NASA possui meios de monitar o lixo espacial, buscando evitar colisões com satélites ou naves/estações.

O filme Gravidade, que está nos cinemas, usa a ideia proposta pela Síndrome de Kessler para contar sua historia de maneira criativa, além de trazer outros fatos científicos em seus 91 minutos de filme. 
Segue o trailer do filme para quem se interessar:


terça-feira, 15 de outubro de 2013

E se no lugar da Lua...

O artista Ron Miller, partindo de uma imagem com a Lua sobre o horizonte, teve a fantástica ideia de imaginar o que aconteceria se no lugar de nosso satélite natural, pudéssemos ver outros astros do Sistema Solar. Utilizando a mesma imagem, e respeitando a distância entre a Terra e a Lua (mais ou menos 385.000 quilômetros), o que podemos ver nas imagens é a visão que teríamos caso estes astros estivessem no lugar na Lua, mas ignorando os possíveis efeitos disso na força gravitacional da Terra. Ou seja, imagens meramente ilustrativas, mas nem por isto menos impressionantes. Algumas chegam a ser assustadoras. O resultado podemos ver abaixo:
Lua
Mercúrio
Vênus
Marte
Júpiter
Saturno
Urano
Netuno
Existe ainda este vídeo que não foi produzido pelo Ron Miller, mas que parte da mesma ideia, com os planetas orbitando a Terra no lugar da Lua:

É possível observar algumas diferenças nas escalas usadas pelos dois trabalhos, mas como os dois não tem intenções cientificas e somente ilustrativas, vale a intenção!