sábado, 19 de outubro de 2013

Dica: Gravidade

À 600km cima da Terra
Não há nada que transporte o som
Sem pressão do ar
Sem oxigênio
A vida no espaço é impossível.

Gravidade, filme de Alfonso Cuarón, começa com as frases acima e já da o tom do que vamos encontrar ao longo do filme, que conta a historia de um grupo de astronautas que está trabalhando na implementação de um novo sistema no telescópio Hubble e que passa a sofrer as mais diversas situações no espaço, graças à destruição de um satélite russo que gera uma reação em cadeia de destroços orbitando o planeta Terra.
Além de ser um belíssimo filme, com cenas de tirar o fôlego e te prender na cadeira do cinema do começo ao fim, o filme mostra o espaço de forma bastante cientifica, mostrando o espaço como um ambiente adverso e bastante inóspito para a vida humana.
É interessante notar que tudo no filme acontece graças a Síndrome de Kessler, ideia proposta por Donald J. Kessler , astrofisico da NASA. Apesar do nome, não tem nada a ver com doença, já que a palavra síndrome se refere a um conjunto de sinais que caracterizam determinada condição. Donald J. Kessler propôs que o número de detritos no espaço pode chegar a um número tão grande, que em certo momento será impossível usar o espaço para nossas necessidades. A dificuldade pode ocorrer porque quando estes objetos se chocam (por estarem se movendo pelo espaço), passam a gerar mais destroços e como no espaço não existe meio para oferecer resistência a estes objetos em locomoção, já que estão flutuando em uma região onde não existe pressão do ar, eles viajam indefinidamente em grande velocidade, em uma orbita constante, gerando cada vez mais destroços em uma grande cadeia de eventos. Viram praticamente balas de fuzil viajando pelo espaço.
Hoje, a NASA possui meios de monitar o lixo espacial, buscando evitar colisões com satélites ou naves/estações.

O filme Gravidade, que está nos cinemas, usa a ideia proposta pela Síndrome de Kessler para contar sua historia de maneira criativa, além de trazer outros fatos científicos em seus 91 minutos de filme. 
Segue o trailer do filme para quem se interessar:


terça-feira, 15 de outubro de 2013

E se no lugar da Lua...

O artista Ron Miller, partindo de uma imagem com a Lua sobre o horizonte, teve a fantástica ideia de imaginar o que aconteceria se no lugar de nosso satélite natural, pudéssemos ver outros astros do Sistema Solar. Utilizando a mesma imagem, e respeitando a distância entre a Terra e a Lua (mais ou menos 385.000 quilômetros), o que podemos ver nas imagens é a visão que teríamos caso estes astros estivessem no lugar na Lua, mas ignorando os possíveis efeitos disso na força gravitacional da Terra. Ou seja, imagens meramente ilustrativas, mas nem por isto menos impressionantes. Algumas chegam a ser assustadoras. O resultado podemos ver abaixo:
Lua
Mercúrio
Vênus
Marte
Júpiter
Saturno
Urano
Netuno
Existe ainda este vídeo que não foi produzido pelo Ron Miller, mas que parte da mesma ideia, com os planetas orbitando a Terra no lugar da Lua:

É possível observar algumas diferenças nas escalas usadas pelos dois trabalhos, mas como os dois não tem intenções cientificas e somente ilustrativas, vale a intenção!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Ataque de vespas na China

Esta semana foi veiculada em diversos meios a notícia de que várias pessoas na China morreram devido ao ataque de vespas. 
A vespa gigante asiática (cujo nome cientifico é Vespa mandarinia) tem aproximadamente 5cm de comprimento e um ferrão de 6 mm com capacidade de injetar um poderoso veneno que possui uma neurotoxina que pode ser letal, levando a insuficiência renal.
Atua como predador de insetos como louva-a-deus e abelhas. Uma única vespa, ao se aproximar de uma colmeia, libera feromônios (substancias químicas que podem atrair outros seres vivos, normalmente da mesma espécie e podem gerar estímulos específicos) para atrair outras vespas, e um pequeno enxame pode destruir completamente uma colmeia em algumas horas, para alimentar sua prole com as larvas das abelhas.
Segundo as autoridades chinesas, os ataques começaram em junho, com mais de 1500 pessoas feridas e mais de 40 óbitos.
Foto: Addicted2Hymenoptera/Flickr / Divulgação
Acredita-se que a elevada atividade do inseto se deve as altas temperaturas na região, além de outras mudanças ecológicas que leva a diminuição dos predadores naturais da vespa, como aranhas e pássaros, além do próprio desenvolvimento urbano que faz com que a vespa ( ou mesmo seus predadores) percam seu habitat natural.
Como medida preventiva, é solicitado que os chineses usem roupas compridas e que as pessoas não tentem eliminar os vespeiros, devendo procurar órgãos responsáveis para isto. Especialistas estão usando inseticidas para matar as vespas encontradas em áreas urbanas e em casos mais graves, bombeiros ateiam fogo nos vespeiros.

Para saber mais: BBC, G1 e Terra.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A Origem das Espécies: Burmy, Wormadam e Mothim

Burmy é um pokémon lagarta que usa areia, folhas e outros materiais para cobrir seu corpo como proteção. Ao evoluir, caso seja macho, transforma-se na mariposa Mothim. Mas caso seja fêmea, evolui para Wormadam, não adquirindo asas, mantendo aparência semelhante à forma anterior, com o corpo coberto de materiais encontrados no ambiente, assim como na fase larval.
Burmy, Mothim(macho) e Wormadam(femêa)
Burmy, Mothim e Wormadam são baseados no bicho-do-cesto.

Origem 
O bicho-do-cesto é o nome popular para insetos lepidópteros da família Psychidae, que durante a fase larval usa a seda que produz para construir uma espécie de cesto com folhas, areia, gravetos, pedras e etc, onde permanecerá todo o tempo. A medida que a lagarta cresce, o cesto também vai aumentando com o acréscimo de mais materiais. Posteriormente, se fecham totalmente no cesto construído, para entrarem em fase de pupa e assim ocorrer a metamorfose, normalmente pendurados em galhos e folhas.
Bicho-do-cesto em fase larval ( sem identificação da espécie)
O macho adulto emerge do cesto como uma mariposa, com asas e antenas, enquanto a fêmea conserva o aspecto da fase larval, não apresentando asas e antenas, e mantendo-se no cesto.
Após o macho adulto emergir da pupa, costuma ocorrer a copula, com posterior postura dos ovos pela fêmea dentro do cesto, para depois abandona-lo, cair no solo e morrer.
Mariposa do bicho-do-cesto (sem identificação da espécie)